quinta-feira, 8 de abril de 2010

O SIMBOLISMO DAS CORES

O homem mergulhou nas cores desde o começo da sua história. Possuído pela idéia do misterioso, dentro de um sentido cósmico, em busca de algo além de suas fronteiras cognitivas, o homem procurou, entre as manifestações deslumbrantes de luz e de força da natureza, um deus ou deuses. A estes o homem ligava a idéia desde luz solar, azul esverdeado dos mares, o azul esbranquiçado das nuvens na imensidão do céu, as cores do arco-íris, que de vez em quando se apresentava como emanação divina num céu turbulento. As cores faziam parte, assim, mais das necessidades psicológicas do que das estéticas, e as que mais surpreendiam aos olhos humanos seriam para enriquecer a presença de príncipes e reis, sacerdotes e imperadores, através dos deslumbrantes vestuários e ornamentos que lhes eram atribuídos.(M. Farina) Cada um de nós responde à cor de forma particular. As pessoas tendem, também, a se sentirem atraídas por certas cores em virtude de alguns fatores determinantes. Sua escolha pode estar baseada em seu tipo de personalidade, nas condições circunstanciais de sua vida, ou em seus desejos e processos mentais mais íntimos, profundos e até inconscientes. As pessoas não escolhem necessariamente uma cor porque ela é boa para si própria, mas porque gostam da cor, mesmo que esta possa ser contrária às suas necessidades. Existem testes psicológicos que foram desenvolvidos para nos ajudar a saber mais sobre nós próprios por meio do poder da cor. A atração forte de uma pessoa pelo vermelho indica o tipo de personalidade afirmativo de alguém que tem vontade firme, enquanto a aversão a essa cor indica um indivíduo tímido e, provavelmente, isolado da sociedade. As cores têm influência em nosso componente físico, mental e emocional. Entre os vários autores que utilizaram o estímulo cromático como elemento diagnóstico, estão: Jung, Max Pfister e Bamz. Os testes avaliativos para revelar a estrutura da personalidade, aplicados por eles, pressupõem uma determinação dos melhores estímulos e dos comportamentos julgados mais reveladores. C. G. Jung dividiu os tipos psicológicos em dois grupos conforme a predominância dos fatores de introversão e extroversão que indicam como cada indivíduo percebe e se relaciona com o mundo. Outras quatro funções racionais e irracionais, indicam como julgamos o que percebemos. Jung conferiu ao tipo Pensador, a cor azul; ao Sensitivo, o verde; ao Sentimental, o vermelho e ao Intuitivo, o amarelo. Para ele, esta relação daria pistas quanto ao direcionamento psíquico de cada função, mas com a ressalva de que “a correspondência das cores com as respectivas funções variariam de acordo com as diferentes culturas, grupos, e mesmo indivíduos.” Ele observou que as cores predominantes nos desenhos e mandalas de seus pacientes refletiam a função dominante. O teste das pirâmides coloridas de Max Pfister é um instrumento usado em diagnósticos há mais de cinqüenta anos, tanto em pesquisas quanto na clínica, tendo uma boa aceitação pelos profissionais do campo da psicologia. Por se tratar de um instrumento não verbal e relativamente lúdico, não exigindo habilidades específicas, o teste é bastante útil quando se trata de perceber a dinâmica afetiva do paciente, principalmente quando se trata de indivíduos com dificuldade de expressão verbal ou escrita. O teste consiste em entregar ao paciente o desenho de três pirâmides quadriculadas com dez espaços cada uma onde ele poderá colorir com quiser. O teste proporciona inúmeras variáveis ligadas basicamente a dois aspectos: a freqüência de utilização das cores e a configuração das pirâmides. As cores utilizadas são: vermelho, laranja, amarelo, azul, verde, violeta, preto, branco, marrom e cinza. Calcula-se o número de cores usadas em cada pirâmide e a freqüência com que elas aparecem repetidas no conjunto. Há ainda a interessante pesquisa do psicólogo J.Bamz que alia o fator idade à preferência que o indivíduo manifesta por determinada cor. Este estudo pode auxiliar bastante na arte terapia. Vejamos: VERMELHO: corresponderia ao período de 1 a 10 anos – idade da efervescência e da espontaneidade. LARANJA: período de 10 a 20 anos – idade da imaginação, excitação e aventura. AMARELO: corresponderia ao período de 20 a 30 anos – idade da força, potência e arrogância. VERDE: período de 30 a 40 anos – idade de diminuição do fogo juvenil. AZUL: corresponderia ao período de 40 a 50 anos – idade do pensamento e da inteligência. LILÁS: período de 50 a 60 anos – idade do juízo, do misticismo e da lei.ROXO: corresponderia ao período além dos 60 anos – idade do saber, da experiência e da benevolência. AUTOR: MODESTO FARINA

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