terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Um poema do morrer


"Algumas preciosidades morrem baixinho, em dégradé. Como morrem as tardes. Como morrem as flores. Como morrem as ondas. Quando a gente percebe já é noite, e o céu, se está disposto a falar, diz estrelas. Quando a gente percebe as pétalas já descansam seu sorriso no colo do chão. quando a gente percebe o canto da onda já enterneceu a areia. Muitas dádivas que nos encontram, que nos encantam, têm seu tempo de viço, sua hora de recado e seu momento de transformação em outro jeito de lindeza...
Mas a música daquilo que verdadeiramente nos toca com amor, não importa o quanto tudo mude - e tudo muda -, não deixa nunca mais de tocar e viver, de algum jeito no nosso coração."
(Ana Jácomo)



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